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“Nasce uma referência na educação brasileira”, afirmou o ministro
da Educação, Abraham Weintraub, nesta quinta-feira, 12 de dezembro, a diretores
e coordenadores de escolas que receberão o modelo cívico-militar proposto pelo
Ministério da Educação (MEC). Vindos de 22 estados e do Distrito Federal, eles
estão reunidos em Brasília desde terça-feira, 10, para participar da primeira
capacitação do programa.
Previsto no plano de governo do presidente Jair Bolsonaro, de
acordo com o ministro, o projeto é um desafio, pois é a “menina dos olhos” do
governo federal. “Vou defender o modelo com unhas e dentes, pois confio que os
professores brasileiros são muito bons. [...] Vocês são parte desse time que
vai desembarcar para mudar a educação brasileira já no ano que vem”, disse.
Os profissionais de educação são parte do grupo de 170 pessoas que
participaram da capacitação do programa que contará com 216 escolas até 2023 —
somente no próximo ano, serão 54. O modelo foi desenvolvido para promover um
salto na qualidade educacional do Brasil. Eles participaram de palestras e
oficinas sobre o projeto político-pedagógico das escolas, as normas de conduta,
avaliação e supervisão escolar, além da apresentação das regras de
funcionamento das escolas e as atribuições de cada profissional.
Renato Almeida, coordenador da Escola Estadual Céu Azul de
Valparaíso de Goiás, foi um dos participantes que teve a oportunidade de ouvir
as palavras do ministro hoje, em auditório do MEC. Para ele, o modelo das
escolas cívico-militares é capaz de tornar a educação no Brasil forte. “Estou
confiante que esse novo padrão de escola vai revolucionar a educação
brasileira. Nós precisamos disso para mudar a configuração atual do país”,
disse.
A escola onde Renato trabalha tem motivos para buscar mudança. No
final de abril deste ano, o professor Júlio Cesar Barroso de Souza foi
executado a tiros dentro da sala de professores da unidade. O autor dos
disparos foi um aluno da escola, de 17 anos. “A nossa escola virar
cívico-militar é uma homenagem para ele”, disse Renato.
O subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do MEC,
Aroldo Cursino, afirmou que essa mudança é o objetivo a ser alcançado pelo
ministério. “Essas pessoas aceitaram o desafio de fazer parte da família das
escolas cívico-militares. Estão aqui para confirmar o compromisso de fazer do
programa um sucesso e um exemplo para a educação no país”, concluiu.
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma parceria do
MEC com o Ministério da Defesa. Cerca de 1.000 militares da reserva das Forças
Armadas, policiais e bombeiros militares da ativa vão atuar na gestão
educacional das instituições. Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar
a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por
instituição de ensino.
Dyelle Menezes, do Portal MEC
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