Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de
Teerã nesta sexta-feira (3) para protestar contra os "crimes"
dos Estados Unidos, após o país ter reivindicado a autoria dos bombardeios que
mataram o general Qassem Soleimani, em um aeroporto de Bagdá
(Iraque). Iranianos chegaram a queimar as bandeiras dos EUA e de Israel.
Com frases como "Morte aos Estados Unidos" e cartazes
com a foto do general, os manifestantes lotaram as ruas ao longo de vários
quarteirões no centro da capital iraniana depois das orações desta sexta. Mais
cedo, o presidente, o ministro das Relações Exteriores e o Líder Supremo do Irã
deram declarações de pesar e ameaças contra os EUA. O bombardeio foi
classificado como um "ato de terrorismo" e "violação à
soberania" do País.
"Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região, se
vingarão", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani.
Enquanto isso, o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou:
"todos os inimigos devem saber que a resistência jihad continuará com uma
motivação dobrada, e uma vitória definitiva dos combatentes na guerra santa
ainda é esperada".
Na manhã desta sexta, Khamenei anunciou que o
brigadeiro-general Esmail Ghaan ocupará o posto deixado por Soleimani e que a
Guarda irá permanecer "inalterada". Até o momento, ele era
vice-comandante da força Al-Qods, responsável pelas operações estrangeiras do
Irã
Nenhum comentário: