Salto na Educação: Uma em cada três escolas do ceará é de tempo integral
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Aumentar o tempo de permanência na escola, garantindo o
avanço na aprendizagem e uma melhor preparação dos jovens para o
futuro. Esta é a proposta do ensino em tempo integral, implantado
em mais de 30% das escolas de Ensino Médio da rede pública estadual
de ensino. No Ceará, das 720 escolas estaduais, 228 ofertam a
jornada prolongada. Deste total, 111 são de ensino regular, as
quais se somam as 117 Escolas Estaduais de Educação Profissional
(EEEPs), que ofertam cursos técnicos integrados ao Ensino Médio.
O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc),
começou, em 2016, o projeto-piloto para a implantação do tempo
integral em 26 escolas estaduais de ensino regular. Em 2017, outras
45 escolas passaram a integrar o Programa de Ensino Médio em Tempo
Integral. No início do mês, foram anunciadas mais 40 novas unidades
de ensino com a jornada prolongada. “A nossa meta é que, a médio e
longo prazo, todas as escolas do Ensino Médio do Estado do Ceará
sejam de tempo integral”, afirmou o governador Camilo Santana.
Em 2018, já serão 44 municípios com Escolas de Ensino Médio em
Tempo Integral, beneficiando mais de 26 mil alunos. A maioria das
EEMTIs está localizada entre os municípios mais populosos. As
escolas foram distribuídas em áreas consideradas mais vulneráveis
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Alunos matriculados
O Ensino Médio em tempo integral alcança 76 mil alunos,
sendo 26 mil matriculados em escolas regulares e 50 mil nas EEEPs.
No ano de 2018, o investimento destinado ao Programa de Ensino
Médio Integral chegará a R$ 149,5 milhões em 2018. Este recurso
será usado na ampliação, adaptação e aquisição de novos
equipamentos, contas públicas, além da alimentação escolar, custos
com salários de professores e contratação de terceirizados nas 111
escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. As novas EEMTIs passarão
por processos de adequação essenciais para conversão ao modelo de
ensino, como as reformas de vestiários e refeitórios.
Destaque nacional
Pelo segundo ano consecutivo, o Ceará esteve à frente em
números de implantação do Programa de Fomento às Escolas de Ensino
Médio em Tempo Integral, do Governo Federal. O Estado recebeu um
investimento de cerca de R$ 40 milhões, por meio do Ministério da
Educação, para criar as 40 novas escolas regulares em tempo
integral em 2018.
O secretário da Educação, Idilvan Alencar, destacou o esforço da
gestão estadual num período de dificuldade econômica. “Camilo nunca
deixou de investir em educação. O Ceará é o segundo estado com mais
escolas em tempo integral do país, atrás só de Pernambuco, mas tem
sido o mais veloz na implantação”
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A oferta do ensino integral começa a partir da 1ª série do
Ensino Médio e a expansão ocorre gradualmente para as próximas
séries. Os estudantes das 2ª e 3ª séries que já frequentavam estas
instituições tiveram a matrícula renovada automaticamente na modalidade
regular, uma vez confirmado o interesse em continuar na escola.
Cada escola oferta uma jornada de nove horas, garantindo três
refeições diárias. O currículo é composto por 30 horas semanais de
disciplinas da base comum a todos e 15 horas na parte flexível,
sendo que 10 são escolhidas pelos alunos.
Diferenciais
A ampliação da jornada escolar converge com o papel de todos
os envolvidos no processo educativo: família; professores;
funcionários e comunidade. Esse modelo aumenta o tempo escolar e
amplia as oportunidades de aprendizagem que favorecem o
desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais, além
do protagonismo estudantil por meio de escolhas de componentes
curriculares eletivos.
De acordo com o projeto, a oferta das eletivas deve ser estruturada
levando em consideração eixos temáticos de modo a possibilitar aos
alunos a estruturação de seu itinerário formativo e uma reflexão
sobre sua trajetória acadêmica, desenhada por suas escolhas e
interesses. Os 10 eixos temáticos são os seguintes: Educação em
Direitos Humanos; Educação Científica; Formação Profissional
/e-Jovem – Informática; Educação Ambiental e Sustentabilidade;
Mundo do Trabalho; Comunicação, Uso de Mídias, Cultura Digital e
Tecnológica; Esporte, Lazer e Promoção de Saúde; Artes e Cultura;
Clubes Estudantis e Desenvolvimento de Projetos, além de
Aprofundamento de Conteúdos do Núcleo Comum.
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A Seduc recomenda que os estudantes transitem entre
temáticas de diferentes eixos fortalecendo sua formação integral,
mas que haja uma articulação clara com o seu projeto de vida. A
oferta de atividades curriculares eletivas ocorrerá semestralmente.
Educação Profissional
Nesta modalidade de ensino, os alunos aprendem uma profissão
ao mesmo tempo em que fazem os três últimos anos da educação
básica, das 7 às 17 horas, com três refeições garantidas. Durante o
terceiro ano, o Governo do Ceará propicia o acesso ao estágio
curricular obrigatório e remunerado a todos os alunos. Ao todo, 4,5
mil empresas são parceiras nos programas de promoção de estágio
profissional com o atendimento de 15 mil estudantes.
Desde 2015, nove novas escolas profissionais foram inauguradas pelo
Governo do Ceará. A previsão para 2018 é de que outras 23 unidades
sejam entregues à população cearense, totalizando 141 Escolas
Estaduais de Educação Profissional até o fim da gestão. O currículo
desenvolvido é composto por disciplinas da base nacional comum
(currículo do Ensino Médio), da formação profissional, além de uma
parte diversificada, que abrange componentes curriculares como:
Empreendedorismo, Projeto de Vida, Mundo do Trabalho, Formação para
a Cidadania, Projetos Interdisciplinares, Horários de Estudo,
Língua Estrangeira Aplicada. A carga horária total trabalhada ao
longo dos três anos do ensino médio integrado à educação
profissional é de 5.400h. Cerca de 60,8% dos alunos que finalizam
os estudos nas EEEPs estão inseridos no mercado de trabalho ou em
uma universidade.
Por: Julianna Sampaio e Jacqueline Cavalcante - Ascom / SeducDavi Pinheiro e Marcos Studart - Fotos
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