Com o objetivo de ampliar as
possibilidades de formação aos jovens estudantes da rede pública estadual, o
Governo do Ceará segue investindo nas Escolas de Educação Profissional. A
modalidade permite que os alunos aprendam as disciplinas da base comum curricular,
ao tempo em que se preparam para exercer um ofício, durante o ensino médio,
aumentando as chances de ingressar no mercado de trabalho logo após o término
desta etapa.
A região do Cariri concentra
17 escolas com esta característica, distribuídas em 14 municípios, sob a
abrangência das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação
(Credes) 18, 19 e 20, que funcionam como extensões da Secretaria da Educação
(Seduc) nesta área do interior do estado. Ao todo, cerca de 7.200 alunos são
atendidos por estas unidades de ensino, que têm conseguido rendimentos
acadêmicos considerados de excelência, segundo os principais indicadores
educacionais, com índice médio de aprovação chegando a 98,55% no ano de 2018.
Jorddyan Weslley Cabral, de 17
anos, faz a 3ª série do curso técnico em Informática na Escola Estadual de
Educação Profissional (EEEP) Aderson Borges de Carvalho, em Juazeiro do Norte.
A afinidade com o ramo escolhido veio da experiência vivenciada em casa, junto
ao pai e ao irmão mais velho, que são técnicos em Informática. “Por causa
disso, já sabia de algumas coisas antes de entrar no curso, mas escolhi fazer
essa formação para conseguir mais conhecimento. Essa experiência é um aditivo a
mais ao nosso currículo”, considera.
Jorddyan lembra que além dos
conteúdos práticos, também tem aprendido na escola algumas regras de conduta
profissional que podem ser decisivas para a contratação por uma empresa. “Aqui
se prega muito a questão da postura apropriada ao mercado de trabalho. Somos
incentivados a perder a timidez e, constantemente, simulamos entrevistas de
emprego com nossos coordenadores, como se estivéssemos em um setor de recursos
humanos. Tudo isso auxilia bastante a preparar a gente”, conta.
Diferencial
Vitor Rafael Silva Carneiro,
de 17 anos, que está na 3ª série do curso técnico em Manutenção Automotiva da
EEEP Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, no Crato, acredita que esta
modalidade de ensino é inovadora e necessária. “Ter a oportunidade de uma
profissionalização na adolescência é algo de grande valia, porque poderemos
engrandecer o nosso currículo e, consequentemente, a nossa carteira de
trabalho, futuramente. Desde cedo vamos aprendendo sobre a profissão e o
mercado, o que nos dá uma boa experiência e melhores chances de conseguir bons
empregos mais cedo”, avalia.
“Pretendo seguir na área. É um
setor que tem disponibilidade de vagas e oferece boa renda. Sei que se me
dedicar e seguir em frente, poderei crescer muito”, projeta o jovem.
Além de Informática e
Manutenção Automotiva, as Escolas Profissionais da Região oferecem cursos como
Administração, Enfermagem, Design de Interiores, Agropecuária, Segurança do
Trabalho e Contabilidade, entre outros.
Sobre a Educação Profissional
A partir de 2008, foram
implantadas as Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEP). Antes, não
havia escolas com essa modalidade de ensino. O programa começou com 25 escolas.
No ano seguinte, foram mais 26 unidades. Atualmente, são 122 EEEPs em todo o
Estado, que reúnem 50 mil alunos matriculados em 52 cursos, em 98 municípios.
Nessas unidades, é ofertado o
Ensino Médio integrado à Educação Profissional, com duração de três anos, com
funcionamento diário em tempo integral, das 7h às 17h. Durante o terceiro ano,
o Governo do Estado propicia o acesso ao estágio curricular obrigatório e
remunerado a todos os alunos.
Além das disciplinas da base
comum curricular e da formação profissional, os alunos destas escolas têm
acesso a componentes curriculares como Empreendedorismo, Projeto de Vida,
Formação para a Cidadania, Projetos Interdisciplinares e Língua Estrangeira
Aplicada. A carga horária total trabalhada ao longo dos três anos do ensino
médio integrado à educação profissional é de 5.400h.
Bruno Mota - Ascom da Seduc / Nívia Uchoa - Fotos
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