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BBC |
O governo do Chile se
reuniu ontem com a oposição para buscar uma saída consensual da crise social
sem precedentes no país, que já deixou 20 mortos e uma perspectiva sombria em
Santiago, mas o encontro não convenceu os partidos da esquerda. A maior crise
registrada no Chile desde o retorno à democracia levou o presidente do país,
Sebastián Piñera, a cancelar na quarta-feira a reunião de líderes do fórum
econômico da Apec (cúpula dos países da Ásia-Pacífico) e a cúpula climática da
ONU COP-25, que seriam realizadas em algumas semanas na capital.
A decisão teve grande
impacto no turismo e comércio, áreas afetadas por duas semanas de
manifestações, várias delas muito violentas. Diferentemente do primeiro
encontro organizado três dias após o início dos protestos, no último dia 18, o
governo de Piñera não excluiu nenhuma legenda representada no Parlamento, entre
eles o Partido Comunista, que não participou da reunião no palácio
presidencial.
Após duas horas de
deliberações, Álvaro Elizalde, presidente do Partido Socialista, o principal
grupo da oposição, garantiu que “não existe disposição para ouvir as demandas
dos cidadãos”. Já o líder do Partido Pela Democracia (PPD), Heraldo Muñoz,
disse que não há “sinais claros ainda a favor do diálogo”.
Com um perfil mais aberto
ao diálogo do que seu antecessor, o novo ministro do Interior, Gonzalo Blumel,
assumiu a missão de liderar o diálogo político destinado a encontrar uma saída
para a crise social, que gerou uma queda na popularidade de Piñera. Blumel, que
foi empossado na segunda-feira passada após uma reforma ministerial comandada
por Piñera, disse à imprensa que durante o encontro se definiu com a oposição
chegar a “um entendimento, idealmente nos próximos dias, nas próximas semanas”.
Do site: Estado de Minas
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