Segundo o jornal 'Folha de S.Paulo', Procuradoria quer que PF apure crimes ligados à suspeita de conflito de interesses envolvendo o chefe da Secom.
O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília
solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito criminal para
investigar supostos crimes cometidos pelo chefe da Secretaria de Comunicação da
Presidência da República (Secom), Fábio
Wajngarten, informou o jornal Folha de S. Paulo nesta
terça-feira 28. Entre as suspeitas, estão práticas de corrupção passiva,
peculato e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na
administração pública).
As penas previstas para os crimes variam de um mês a
12 anos de prisão, além de multa. O pedido do MPF foi motivado por um suposto
conflito de interesses do chefe da Comunicação da Presidência. Wajngarten é
sócio majoritário de uma empresa, a FW, que recebe dinheiro de emissoras de TV
(como Record e Band) e de agências publicitárias contratadas pela Secom,
ministérios e estatais.
O caso corre em sigilo. Segundo a Folha, o pedido do MPF foi assinado na segunda-feira
27 pelo procurador Frederick Lustosa, após a Procuradoria da República do
Distrito Federal receber representações de diversos cidadãos. Trata-se da
primeira frente de apuração criminal a ser aberta contra o chefe da Secom.
Wajngarten ainda não se manifestou sobre o inquérito, mas tem negado quaisquer
irregularidades. Ele também é alvo de um processo administrativo no Tribunal de
Contas da União (TCU) por suposto direcionamento político de verbas de propagandas
para TVs consideradas próximas ao governo, o que afrontaria princípios
constitucionais, com o o da impessoalidade na administração pública.
Foto: Anderson Riedel/PR/Agência Brasil
Redação Veja
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