Com uma visitação expressiva, estiveram no local visitantes
brasileiros e um público de mais 82 estrangeiros
O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da
Universidade Regional do Cariri (Urca), em Santana do Cariri, é um dos
equipamentos mais visitados da Região, evidenciando o turismo científico
regional, proporcionado pela universidade, que guarda uma das maiores coleções
de fósseis do período Cretáceo das Américas. Somente em 2019, segundo dados
fornecidos pelo Urca, o local foi visitado por 27.156 pessoas. Considerado um
número expressivo de visitantes, o museu tem passado, nos últimos anos, por
reestruturação e requalificação para melhor atender à comunidade científica.
O destaque de visitação de alunos, pesquisadores e
público em geral está para os estrangeiros, de diversos países do mundo, como
Angola, Alemanha, Argentina, Áustria, Austrália, Cabo Verde, Dinamarca, França,
Reino Unido, Grécia, Itália, Japão, México, Malásia, Estados Unidos, Uruguai,
Vaticano, Vietnã, entre outros países.
O Museu foi criado em 1985 pelo então prefeito de
Santana do Cariri e ex-Reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, e doado à
universidade em 1988. Durante todos esses anos, o local passou por diversas
reestruturações como forma de melhor atender ao público turístico e aos
pesquisadores de diversas partes do mundo.
O Museu integra o território do Geopark Araripe,
Programa da Universidade, e atua com práticas extensionistas na comunidade. Em
média, recebe cerca de 2 mil visitantes por mês.
Fósseis
Atualmente,
o museu possui mais de 5 mil fósseis de vários grupos: troncos petrificados,
impressões de samambaias, pinheiros e plantas com frutos; moluscos, artrópodes,
peixes, anfíbios e répteis. Os exemplares atraem a atenção de pessoas do mundo
inteiro, pela qualidade de preservação das peças.
O
espaço conta com uma biblioteca temática, na qual os alunos podem estudar e
conhecer mais sobre o local em que vivem, além de uma equipe de técnicos e
estagiários para atender aos interessados. No Museu também são desenvolvidas
oficinas de réplicas de fósseis e pinturas para estudantes, com incentivo à
preservação das peças de milhões anos. Essas atividades são realizadas através
de parceria com a Pró-reitoria de Extensão da Urca.
Nova configuração
Reinaugurado em janeiro do ano passado, com uma nova
configuração, o Museu apresenta quatro espaços expositivos diferenciados. A
parte superior abriga a exposição permanente de fósseis. Nessa galeria os
fósseis estão divididos em espécies vegetais e animais. São cerca de 300 peças
em que se demostra a diversidade e a riqueza da Chapada do Araripe.
Uma das grandes preocupações dos técnicos e especialistas com a
reforma, seria dar uma nova configuração ao espaço, que possibilitasse um
caráter mais didático da paleontologia, além de promover uma interação
maior com o público visitante.
maior com o público visitante.
O Memorial Plácido Cidade Nuvens, um dos primeiros
espaços percorridos, apresenta uma linha do tempo que traça um paralelo entre a
história do Museu, desde a sua fundação, e a trajetória profissional do seu
fundador, Plácido Cidade Nuvens.
O salão inferior do Museu conta com as exposições
temporárias. O quarto espaço expositivo é o território lúdico, onde se
encontram esculturas inspiradas nos pterossauros do Cretáceo. Nesse espaço se
encontram o laboratório de paleontologia, a biblioteca, lojinha e o café do
museu.
Ascom Urca
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