O governo de Jair Bolsonaro decidiu exonerar Arthur Weintraub do cargo de assessor especial da Presidência e indicá-lo para um posto na Organização dos Estados Americanos (OEA). A informação foi confirmada à CNN por auxiliares diretos de Jair Bolsonaro.
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(Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil) |
A Organização dos Estados Americanos é sediada em Washington, nos Estados Unidos, onde fica o Banco Mundial, instituição em que o irmão dele, ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, deve assumir um cargo de diretor. Formado em Direito, Arthur será indicado a um posto em uma das secretarias da OEA.
Segundo a CNN, a indicação do assessor especial da Presidência da República já foi acertada pelas autoridades brasileiras com auxiliares do secretário-geral da OEA, Luis Almagro.
Arthur Weintraub teria sido aconselhado por integrantes do governo a se afastar neste momento conturbado para o presidente da República, que tenta uma aproximação com os outros poderes.
No Twitter, ele ironizou sua possível saída do governo.
Os irmãos Weintraub se aproximaram da família Bolsonaro durante a campanha eleitoral, ao apresentarem proposta para uma eventual reforma da Previdência. Na época, ficaram amigos de Onyx Lorenzoni, um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro, e passaram a contar com o apoio da ala ideológica por declarações reacionárias e polêmicas nas redes sociais.
Abraham Weintraub fugiu do Brasil no fim de junho, antes de ser oficialmente exonerado do Ministério da Educação. Há dúvidas a respeito do uso de passaporte diplomático e de qual visto foi apresentado ao setor de imigração americano.
O governo norte americano impôs restrições a passageiros que chegam do Brasil em meio à pandemia do coronavírus.
Um dia antes da viagem do ex-ministro, o senador Fabiano Cantarato (Rede-ES) havia protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de apreensão do passaporte de Weintraub para evitar que ele saísse do Brasil.
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